Ao assistir "A Mulher Rei", senti-me profundamente impactada pela história das Agojie, as guerreiras de elite do Reino de Daomé. O filme, dirigido por Gina Prince-Bythewood, narra com intensidade e beleza a vida dessas mulheres destemidas, lideradas pela indomável General Nanisca, interpretada magistralmente por Viola Davis.
Enquanto assistia, não pude deixar de fazer uma conexão com o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho. Esta data é dedicada a reconhecer e honrar a resistência e as contribuições das mulheres negras na luta por direitos e igualdade. Como mulher branca, eu sei que não possuo o lugar de fala para discutir essas experiências vividas, mas acredito firmemente na importância de apoiar essa causa.
"A Mulher Rei" nos transporta para o século XIX, onde as Agojie lutam com bravura contra forças coloniais e ameaças internas para proteger seu povo. Suas histórias de coragem, liderança e resiliência ecoam as lutas contemporâneas das mulheres negras na América Latina e no Caribe, que enfrentam múltiplas formas de opressão mas continuam a liderar movimentos por justiça social e igualdade.
No contexto do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, "A Mulher Rei" serve como um poderoso lembrete da importância de reconhecer a história e as contribuições das mulheres negras. Instituído em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas em Santo Domingo, essa data celebra a resistência e a luta contínua contra o racismo, a discriminação e a desigualdade de gênero.
Assim como as Agojie de Daomé, as mulheres negras na América Latina e no Caribe têm sido líderes inabaláveis em suas comunidades. Exemplos contemporâneos, como Marielle Franco, ativista e política brasileira, e Epsy Campbell Barr, vice-presidente da Costa Rica, refletem essa herança de resistência e liderança.
Ao refletir sobre o filme e a importância do dia 25 de julho, percebo que, mesmo sem ter vivido essas experiências, posso e devo me engajar como aliada. "A Mulher Rei" me inspirou a reconhecer e valorizar a força e a resiliência das mulheres negras. Este é um chamado para todos nós – para ouvir, aprender e apoiar a luta por justiça e igualdade.
No espírito do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, devemos nos unir para celebrar e promover a contribuição das mulheres negras em nossas sociedades. "A Mulher Rei" nos lembra que a luta pela igualdade é uma responsabilidade compartilhada, e que juntos podemos construir um futuro mais justo e inclusivo.
Comments