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Dia Internacional da Mulher: Flores, Chocolates e... Desigualdade




Ah, mais um dia 8 de março se aproximando. Preparem-se para a avalanche de posts  #girlpower clichês nas redes sociais, os monótonos "parabéns pelo seu dia", e as flores murchas que serão distribuídas em escritórios pelo mundo afora.


Porque, é claro, uma vez por ano é suficiente para celebrar a força, a resiliência e as conquistas das mulheres, certo? Errado.


Desde que essa data começou a ser comemorada, lá nos idos de 1975 quando foi definitivamente instituída pela ONU, muita coisa mudou. Podemos votar e até sermos eleitas (embora ainda sejamos minoria nos cargos de poder). As bruxas não são mais queimadas na fogueira (pelo menos não oficialmente). Temos direito a estudar e trabalhar (mesmo que ganhando menos que os homens para fazer o mesmo trabalho). Podemos usar calça comprida sem ser presas (ainda bem!).


Memes e gifs floridos não são, nem nunca foram, sobre a luta por igualdade de genereo.

Pois é, nem tudo são flores (e nem todas as flores são pró mulher). A desigualdade de gênero ainda está enraizada na nossa sociedade como uma erva daninha.


E o machismo, ah, o bom e velho machismo que teima em não morrer. A violência contra a mulher ainda é alarmante, com números assustadores de feminicídios e agressões todos os dias. Sabe aquele discurso de "ela mereceu" ou "mulher no volante, perigo constante"? Pois é, ainda ouvimos isso mais vezes do que gostaríamos.


Dados para te fazer cair da cadeira:


  • No mercado de trabalho, as mulheres ainda ganham menos que os homens para fazer o mesmo trabalho. Em 2023, a diferença salarial no Brasil era de 20,5%, segundo o IBGE. Ou seja, para cada R$ 1,00 que um homem recebe, uma mulher recebe R$ 0,79.

  • O Brasil tem a Câmara dos Deputados com a maior desigualdade de gênero na América do Sul, atualmente, apenas 17,5% das vagas nessa Casa legislativa brasileira são ocupadas por mulheres. E pasmem, a porcentagem de mulheres na Câmara dos Deputados no Brasil nunca atingiu um quinto da Casa (20%).

  • A violência contra a mulher continua sendo um problema assustador. A cada 7 minutos, uma mulher é vítima de violência no Brasil. [Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública]

  • Apenas 13,6% dos cargos de liderança nas empresas brasileiras são ocupados por mulheres. [Fonte: Grant Thornton]


Dia Internacional da Mulher: Flores, Chocolates e... Desigualdade

O que esperar desse 8 de março?


Neste Dia Internacional da Mulher, vamos celebrar sim nossas conquistas, mas também vamos nos unir em prol de um futuro mais igualitário. Porque, afinal, nós merecemos mais do que flores murchas e parabéns genéricos. Merecemos respeito, oportunidades iguais e um mundo onde ser mulher não seja uma desvantagem.


Se depender da galera que posta #girlpower e florzinhas sem fazer nada pra mudar a realidade, a gente vai ter que esperar mais uns 100 anos pra ver alguma mudança significativa.


Vamos continuar desafiando os estereótipos, quebrando barreiras e levantando nossas vozes contra a injustiça. Vamos educar nossos filhos e filhas para que cresçam em um mundo onde a igualdade de gênero seja a norma, não a exceção. Vamos apoiar umas às outras, estendendo a mão para aquelas que precisam de ajuda e fortalecendo nossa rede de solidariedade feminina.


E para aqueles que ainda duvidam do poder das mulheres, que nos veem como inferiores ou incapazes, vamos mostrar que somos mais do que os estereótipos limitados que tentam nos impor. Vamos continuar quebrando o teto de vidro, construindo nosso próprio caminho e deixando nossa marca no mundo.


O Dia Internacional da Mulher pode ser mais do que apenas uma data no calendário. Pode ser um lembrete de todo o progresso que já fizemos e um impulso para continuarmos avançando. Então, levante-se, mulher, e celebre sua força, sua resiliência e sua determinação. Porque você é incrível, e o mundo precisa saber disso.


Feliz Dia Internacional da Mulher! 🌟💪



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