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Ninguém lidera só com técnica: o que a psicanálise me ensinou sobre gestão, vendas e conexão humana

  • Foto do escritor: Dani  Castro
    Dani Castro
  • 11 de abr.
  • 2 min de leitura

Tem coisa que a gente só entende quando para, respira e escuta.

Durante muito tempo, eu acreditei que liderar era uma questão de domínio técnico. Que bastava saber planejar, organizar, delegar. Ter um bom processo, uma equipe treinada, um funil bem estruturado. E, de fato, isso ajuda, mas não resolve tudo.


A verdade é que, mesmo com as tudo aparentemente "funcionando", algumas coisas travavam. E não era no processo que eu encontrava a resposta. Era em mim. Era no outro. Era naquilo que não se dizia, mas se sentia.


Foi aí que a psicanálise entrou na minha vida — primeiro como curiosidade, depois como necessidade. E, por fim, como caminho.


Nem tudo que parece é o que é.

Quantas vezes você já viu uma equipe desmotivada mesmo com incentivos? Um vendedor travado mesmo sabendo exatamente o que fazer? Um cliente que some, sem explicação, logo após mostrar interesse? Ou ainda, um líder à beira do esgotamento, mesmo cercado de estrutura?

Nada disso é aleatório. São sintomas. São formas indiretas de comunicação. E a psicanálise nos ensina justamente isso: que tudo comunica — até o silêncio.


O que eu aprendi — e talvez faça sentido pra você também.


Quero dividir contigo alguns dos aprendizados mais transformadores que a psicanálise me trouxe. Não como verdades absolutas, mas como reflexões vividas:


1. Você não controla o outro — só reage ao que ele ativa em você. Quando tentamos controlar, perdemos a conexão. Quando escutamos, criamos presença.


2. Todo excesso revela uma falta. Cobrança em excesso? Pode ser medo de não ser suficiente. Trabalho em excesso? Pode ser fuga. Por trás de cada comportamento extremo, existe uma emoção pedindo espaço.


3. Desejo é o que move. Sem desejo, tudo vira esforço. E esforço sem sentido cansa. O desejo vivo de transformar, de servir, de impactar... é isso que mantém um negócio pulsando.


4. Sintomas falam — só que em outro idioma. Procrastinação, silêncio, estafa. Às vezes é o único jeito que o inconsciente encontra pra dizer: tem algo aqui que precisa ser olhado.


5. Escuta transforma. Escutar com presença muda a forma como você lidera, vende, se relaciona. Muda a forma como você vive.


Nesse momento de ascensão da inteligencia artificial, liderar com consciência é o novo diferencial

Hoje, enquanto muitos ainda estão correndo atrás do próximo atalho para vender mais, eu escolhi um caminho diferente: integrar técnica com consciência emocional. Porque, no fim das contas, a gente não está lidando com números ou máquinas. A gente está lidando com gente, com histórias, com medos e desejos que nem sempre são ditos. E quando a gente escuta de verdade, deixa de reagir e começa, de fato, a conduzir. As pessoas querem ser vistas, ouvidas, validadas. E não dá pra liderar quem se sente invisível.


Se você lidera, empreende ou vende, talvez o que esteja faltando aí no seu negócio não seja um novo curso, um novo método ou uma nova ferramenta, talvez o que falte seja escuta. Pensa nisso.


E se esse texto te tocou de algum jeito, fica por aqui comigo. Nos próximos artigos, quero seguir dividindo o que venho aprendendo nessa jornada de integrar psicanálise, estratégia e humanidade.


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